Responsável por estabelecer diretrizes relacionadas ao uso e desenvolvimento da internet no Brasil, o Comitê Gestor da Internet no Brasil (CGI.br) realiza no dia 25 de junho, a partir das 14h30, em Brasília (DF), o Seminário Remuneração do Jornalismo pelas Plataformas Digitais.
Promovida pela Câmara de Conteúdos e Bens Culturais do CGI.br, a iniciativa conta, além de mesas multissetoriais, com o lançamento de uma publicação sobre o tema. O objetivo do debate é divulgar o tema para parlamentares e agentes públicos no executivo e legislativo, buscando construir uma legislação nacional que institua um modelo nacional de remuneração de veículos de notícias por grandes empresas de internet.
Dentre os participantes do seminário estão Marisa von Bullöw, da Universidade de Brasília; Veridiana Alimonti, da Electronic Frontier Foundation; Maia Gonçalves Fortes, da Associação de Jornalismo Digital; Cristiano Flores, da Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e Televisão; Bia Barbosa, da Repórteres sem fronteiras; Samira de Castro, da Federação Nacional dos Jornalistas; Marcelo Bechara, do Grupo Globo; e Marina Pita, da Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República.
Alternativas
Rafael Evangelista, conselheiro do CGI.br, explica que, no Brasil, duas alternativas têm sido consideradas para o assunto. A primeira seria uma lei que obriga a plataformas digitais a negociar acordos de remuneração com empresas jornalísticas. Já a segunda alternativa é a criação de um fundo público financiado pelas próprias big techs.
“A demanda por uma dita remuneração justa por parte das plataformas digitais em favor de jornalistas ou empresas jornalísticas não é nova. É uma tensão que tem se aprofundado desde a proeminência das grandes plataformas informacionais e da ascensão da comunicação mediada pelas redes sociais digitais”, analisa Rafael.