Polícia do Rio prende suspeito de ter disparado contra equipe de reportagem da Record TV

Redação Portal IMPRENSA | 12/06/2024 16:19
O carro de uma equipe de reportagem da Record TV foi metralhado em Belford Roxo (RJ) ontem. Segundo o Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Município do Rio de Janeiro (SJPMRJ) e a Federação Nacional dos Jornalistas (FENAJ), o ataque ocorreu quando a jornalista Monique Bittencourt e o cinegrafista Tiago Bessa retornavam de uma cobertura jornalística.  

Exibindo o logo da Record TV, o veículo em que os profissionais de imprensa estavam teria sido identificado por criminosos, que efetuaram vários disparos.

Em nota publicada hoje em suas redes sociais, Monique afirmou que ela e o colega não foram atingidos.
Crédito: Reprodução
Monique Bittencourt, da Record TV: carro em que ela estava com cinegrafista foi metralhado em Belford Roxo
"Acho importante tranquilizar as pessoas que estão preocupadas, dizer que estou bem. O repórter cinematográfico que estava comigo, o Tiago, também está bem. Nós fomos atacados em Belford Roxo, e por um milagre de Deus nenhum tiro pegou na gente. (...) Foi um livramento de Deus e quero agradecer o carinho que estou recebendo."

Prisão

O SJPMRJ e a FENAJ repudiaram o ataque, se solidarizaram com os profissionais e cobraram das autoridades "providências urgentes na apuração dos fatos e punição dos culpados".

Em nota, a Record afirmou que a repórter e o cinegrafista foram atendidos pela Delegacia de Belford Roxo. A emissora também lamentou e repudiou o episódio de violência.

Por sua vez, a Polícia Civil informou que agentes da 54ª DP (Belford Roxo), da Delegacia de Homicídios da Baixada Fluminense (DHBF) e da Coordenadoria de Recursos Especiais (Core) prenderam o autor dos disparos e outros três homens. Durante a abordagem, suspeitos também teriam atirado contra a polícia.

Embora tenha ocorrido no mesmo dia em que uma operação policial no Complexo da Maré resultou em 24 prisões e na morte de um policial do Bope, o ataque à equipe de reportagem da Record a princípio não tem relação com o episódio.  

Em represália à operação policial na Maré, bandidos atearam fogo a ônibus e chegaram a fechar três das vias expressas mais importantes do Rio (Avenida Brasil, Linha Vermelha e Linha Amarela). Devido ao clima de tensão e aos tiroteios, escolas e postos de saúde também foram fechados. 

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