UNESCO premia jornalistas palestinos em Dia Mundial da Liberdade de Imprensa

Redação Portal IMPRENSA | 03/05/2024 14:13
Concedido hoje, Dia Mundial para a Liberdade de Imprensa, o Prêmio Mundial para a Liberdade de Imprensa da UNESCO foi dedicado aos jornalistas palestinos que cobrem o conflito na Faixa de Gaza. 

Presidente do júri internacional que escolheu os premiados, Mauricio Weibel explicou que o objetivo foi "enviar uma forte mensagem de solidariedade e reconhecimento aos jornalistas palestinos que cobrem esta crise em circunstâncias dramáticas". "A humanidade tem uma dívida imensa para com eles, pela sua coragem e pelo seu compromisso com a liberdade de expressão."
 
Em nota, a Anistia Internacional (AI) lembrou que, durante tempos obscuros como os atuais, o exercício da atividade jornalística é um ato de coragem. A entidade também desejou que a "liberdade para informar vença os ataques a que está sujeita”.
 
Crédito: Reprodução
Segundo o Comitê para a Proteção dos Jornalistas (CPJ), 97 jornalistas foram mortos em Gaza desde o início dos ataques israelenses em respostas aos atos terroristas executados pelo Hamas em outubro do ano passado. Ainda segundo o CPJ, nas últimas três décadas, nenhuma outra guerra vitimou tantos jornalistas em tão curto espaço de tempo. A entidade também lembrou que pelo menos 45 jornalistas palestinos foram detidos por Israel desde os ataques do Hamas, dos quais 22 estão desaparecidos.  

Ranking RSF

Também em alusão ao Dia Mundial da Liberdade de Imprensa, a ONG Repórteres Sem Fronteiras (RSF) divulgou hoje seu ranking de liberdade de imprensa. O Brasil subiu dez posições no levantamento e chegou ao 82º lugar entre 180 países citados. Trata-se da melhor colocação nos últimos dez anos. 

Artur Romeu, diretor da Repórteres Sem Fronteiras para a América Latina, explicou que a melhora é um reflexo do fim do governo do ex-presidente Jair Bolsonaro. Porém, ele salientou que a pontuação brasileira ficou praticamente estável, e que sua subida no ranking foi resultado da queda nos índices de liberdade de imprensa de outros países. “Essa subida das posições é mais uma sinalização de estabilidade do que necessariamente de progresso."