Ganhador do 40º Prêmio Direitos de Jornalismo 2023, o documentário Relatos de um correspondente da guerra na Amazôniana, que aborda o assassinato do jornalista britânico Dom Phillips, colaborador do jornal The Guardian, e do indigenista Bruno Pereira, em Atalaia do Norte, na Amazônia, em 5 de junho 2022, segue sendo exibido em diferentes eventos Brasil afora.
No dia 7 de fevereiro é a vez do Sindicato dos Jornalistas de São Paulo, que exibirá o trabalho no Auditório Vladimir Herzog, localizado na rua Rego Freitas, 530, às 19h.
Após a exibição, Ana Aranha e Daniel Camargos, diretores do documentário, conversarão com o publico sobre o processo de produção e a violência indiscriminada contra indígenas, o meio ambiente e quem denuncia esses crimes na Amazônia.
Ética jornalística
Além de acompanhar a cobertura da imprensa durante a procura por Dom e Bruno, o documentário mostra como é feito o trabalho de repórteres na região, a relação deles com indígenas e discute a regra de “ouvir o outro lado” num contexto em que o outro lado muitas vezes comete assassinatos. Ou seja, trata-se de, mais do que uma reflexão, uma aula sobre ética e posicionamentos dentro da prática jornalística.
Como "plus a mais", o documentário aborda a chegada de Caco Barcellos ao local da cobertura, fato que mexeu com os demais jornalistas que cobriam o trabalho de buscas por Dom e Bruno.
Mineiro, na casa dos 40 e poucos anos, o diretor Daniel Camargos acumula passagem pelos jornais O Estado de Minas e Folha de São Paulo. Especializado em conflitos no campo, ele tem atuado na Amazônia, pela emissora pública Repórter Brasil, que integra a Empresa Brasil de Comunicação (EBC), desde 2018. O documentário foi seu primeiro. A colega Ana Aranha fez o roteiro e atuou na codireção.
Graças a parcerias da Repórter Brasil com o Guardian, Camargos também tem um envolvimento pessoal com o tema do documentário, pois trabalhou, conviveu, tomou cerveja, viajou pela Amazônia e assinou reportagens com o amigo Dom Phillips.
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