Foi anunciado nesta terça-feira (3), durante a Conferência Global do Dia Mundial da Liberdade de Imprensa, promovida pela Unesco no Uruguai, o lançamento da Safebox, ferramenta que permite que jornalistas protejam suas apurações de forma digital e segura.
A ideia da iniciativa, desenvolvida pelo consórcio Forbidden Stories, é dar continuidade ao trabalho de jornalistas mortos, ameaçados ou presos, preservando numa rede internacional, de forma gratuita, os dados coletados em suas reportagens investigativas.
Desta forma, se o profissional for sequestrado, preso ou assassinado, a rede de jornalistas da Forbidden Stories continuará a reportagem, que poderá ser publicada em diversos países.
Como participar
Jornalistas de qualquer região do planeta podem fazer parte do consórcio e usar a ferramenta. Para isso, é necessário enviar documentos, vídeos, fotos, entrevistas, transcrições e rascunhos de matérias. Também é preciso enviar evidências de que a pessoa está sendo ameaçada e instruções de como prosseguir a investigação. O email de contato é newsroom@freedomvoicesnetwork.org.
O consórcio Forbidden Stories foi fundado em 2017 pelo jornalista francês Laurent Richard e conta com apoio de 60 parceiros de mídia de 49 países e cinco continentes. A última investigação coletiva provou que repórteres, editores e ativistas vêm sendo espionados a partir do programa israelense Pegasus, que passou a ser usado de maneira quase sempre velada por governos de diferentes países.
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