Narrando as ações que correm na justiça contra si e o site GGN, o jornalista Luis Nassif publicou nesta segunda (21) o texto "Estou juridicamente marcado para morrer", sobre condenações sofridas pelo veículo no Judiciário brasileiro.
"Não há mais limites para a atuação de juízes militantes, fazendo do seu poder uma arma política, não apenas para inviabilizar a liberdade de expressão, mas para a própria destruição dos 'inimigos'", escreveu Nassif, atribuindo o a perseguição a críticas publicadas no GGN ao Judiciário.
Uma das ações contra o jornalista foi movida pelo desembargador Luiz Zveiter. Em primeira instância, a justiça do Rio estipulou condenação de R$ 100 mil, obrigatoriedade de pagar imediatamente, sob pena de mandar o nome de Nassif para o Serviço de Proteção ao Crédito, e proibição de voltar a criticar Zveiter.
Já o ex-deputado Eduardo Cunha moveu ação contra Nassif por ter sido equiparado a um sonegador. O jornalista ganhou em primeira instância, mas o Tribunal de Justiça do Rio reverteu a decisão e condenou Nassif por difamar Cunha. A condenação levou a conta corrente do jornalista a ser bloqueada em R$ 50 mil sobre o saldo devedor.
"Não haverá recursos para salários e sequer para manutenção de servidores de Internet", escreveu Nassif sobre a possibilidade de encerramento do GGN. "Estão sujeitas ao bloqueio todas as fontes de receita do Jornal GGN, assinaturas, publicidade, em sistemas de pagamento, sem nenhum limite: confiscar tudo o que encontrar pela frente."
Após citar outras ações, em que foi condenado a indenizar o governador João Dória e o Movimento Brasil Livre, Nassif afirmou que a perseguição judicial o está expulsando do jornalismo. "Assim como os malditos pela ditadura, continuando essa escalada terei que arrumar outra ocupação, manter-me no anonimato para que novos proventos não sejam confiscados, já que até a aposentadoria recebida está sob ameaça de confisco."