Assim como outros jornalistas agredidos na cobertura das sucessivas manifestações contra o distanciamento social incentivadas pelo presidente, a repórter da Band TV Clarissa Oliveira registrou boletim de ocorrência numa delegacia de Brasília.
Agredida neste domingo (17) com o mastro de um bandeira por uma apoiadora do presidente, Clarissa cobria mais uma manifestação contra o isolamento social de apoiadores do governo.
Crédito:Reprodução Twitter
Mesmo durante a pandemia do novo coronavírus, os seguidores de Bolsonaro têm se aglomerado à frente do Palácio do Planalto, na Esplanada dos Ministérios, em Brasília, para prestar apoio ao presidente e criticar o Congresso e o STF.
A repórter que levou a bandeirada na cabeça explicou que a agressora circulava com a bandeira, criticando os profissionais de imprensa e se referindo aos jornalistas como 'lixo'.
Pelas imagens é possível deduzir que a agressora agiu de forma a simular ausência de intenção, reduzindo a força com que golpeou a jornalista.
"Logo em seguida, ela se desculpou, meio aos risos", contou a repórter, confirmando que "a bandeirada não foi forte" e agradecendo a solidariedade de outros manifestantes, que perguntaram se estava tudo bem.
O ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes postou no Twitter que a agressão “é absolutamente inadmissível”. Na mesma rede social o governador João Doria disse que “intolerância e violência são incompatíveis com o Estado Democrático de Direito”.