Ocorrida na manhã desta terça (5), em frente ao Palácio Alvorada, a nova agressão de Bolsonaro contra jornalistas, desta vez mandando um repórter que o questionou sobre possível interferência de seu governo na Polícia Federal do Rio de Janeiro calar a boca, agitou as redes sociais e gerou notas de repúdio de associações de imprensa e organizações de jornalistas.
De um lado, o exército de robôs e apoiadores do presidente subiu no Twitter a hashtag #CalaBocaFolha.
De outro, jornalistas subiram as hashtags #EuNaoMeCalo e #calabocajamorreu, condenando a falta de educação, civilidade e espírito democrático de Bolsonaro.
Crédito:Reprodução Twitter
Jornalista Carla Vilhena ajudou a disseminar #eunaomecalo no Twitter
O presidente também foi comparado nas redes sociais ao general Newton Cruz, que mandou o jornalista Honório Dantas calar a boca ao vivo em 1983, quando este lhe questionou sobre a falta de democracia no Brasil.
Para completar, a CNN Brasil obteve em primeira mão na tarde desta terça o depoimento do ex-ministro Sergio Moro (Justiça) à PF, que corrobora a tese de que Bolsonaro interferiu na Polícia Federal do Rio de Janeiro.
O cartunista e ilustrador freelancer Bruno Lanza, de Belo Horizonte, aproveitou o dia agitado para fazer uma charge em defesa dos jornalistas, na qual um repórter enfrenta Bolsonaro e avisa que nenhum jornalista será calado.