O doutor em Ciência da Informação Marcio Gonçalves acaba de lançar “Educação Midiática – práticas em sala de aula”. O conteúdo do livro é resultado das atividades que ele desenvolve com alunos do Ensino Fundamental I e II, como professor de Tecnologias Digitais de Informação e Comunicação na Escola Eliezer Max.
“Falar do tema educação midiática é preparar as novas gerações para trabalhar com as ferramentas digitais e fazer com que elas entendam criticamente a produção de conteúdo em mídias digitais e sociais", destaca Gonçalves.
Em entrevista ao portal, o colunista do Portal IMPRENSA e líder do projeto Aula Sem Paredes fala sobre seu livro, que está disponível neste link
http://bit.ly/lvroeducacaomidiatica e pode ser baixado gratuitamente.
Você vê o seu livro como uma ferramenta?
O livro é uma inspiração para quem já trabalha ou para aqueles que estão descobrindo o conceito de educação midiática. Os relatos ajudam os professores e os facilitadores no processo de criação de uma cultura do letramento digital.
Em tempos de fake news, desinformação e deepfakes, qual é a maior contribuição da educação midiática? Como você tem visto a disposição dos educadores em trabalhar com este tema?
A educação midiática permite a formação de cidadãos mais críticos aos conteúdos que consomem. Conhecer as ferramentas que produzem essas notícias falsas já é uma questão que ajuda a diferenciar o verdadeiro do falso. Os educadores precisam se apropriar destes fenônemos porque cabe a eles orientar os mais jovens acerca dessas formas de manipulação.
Fale um pouco da educação midiática como ferramenta para a formação de consumidores de conteúdo.
A educação midiática permite criar uma cultura do que é produzir e do que é consumir conteúdo. É possível orientar que a liberação do polo de emissão, como já afirmava Lúcia Santaella, permite que indivíduos comuns criem conteúdo em mídia social sem a mediação de alguém que o impeça de compartilhar sua ideia. Como as pessoas produzem vídeos, textos, sites, imagens e todo tipo de mídia, cabe discernir o conteúdo mais relevante para que não nos perdamos em meio a um tsunami de informações.
No início deste ano, Gonçalves desenvolveu o livro-jogo “Inteligência Digital”, que responde a 100 questões sobre as novas formas de comunicação em rede. A entrevista, com os destaques da obra, você confere
aqui.
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