ProPublica mapeia crimes de ódio nos Estados Unidos: “o efeito Trump impulsionou a cobertura da intolerância”

Redação Portal IMPRENSA | 01/07/2019 13:33
A jornalista Rachel Glickhouse, da ProPublica, compartilhou no Congresso da Abraji dicas e formas de fazer cobertura de pautas complexas, como a cobertura da intolerância nos EUA, de forma colaborativa. A palestra foi mediada pela jornalista Thais Nunes do SBT.

Rachel gerencia o projeto Documenting Hate (Documentando o Ódio), da ProPublica, que surgiu com o aumento de incidentes de intolerância durante e após eleição do presidente Trump.

A jornalista sugere que a melhor forma de começar um projeto é com amigos ou com pessoas de confiança. As parcerias estratégicas e o compartilhamento de dados são essenciais para o sucesso do projeto. É importante mapear quais parceiros são especialistas no assunto e quais têm o público que você quer chegar, pois uma das estratégias para a coleta de dados é o link de formulários para serem preenchidos por fontes.

A ProPublica lançará uma ferramenta de dados aberta e guia de colaboração, e o lançamento está previsto para setembro deste ano.


Rachel comenta sobre o “efeito Trump” no aumento da intolerância. Ela conta que o New York Times fez uma matéria de como a palavra “Trump” (em si) está sendo usada para assediar as pessoas. Ou seja, houve um empoderamento estimulado desde o início da campanha de Trump, que incentivou o aumento do preconceito contra negros, latinos e imigrantes.


Rachel conta que “o crime de ódio mais comum nos EUA é contra os negros, nos dados oficiais. Mas a maioria de denúncias que recebemos é sobre racismo ou preconceitos contra preferência sexual.” Contudo, “agora que as pessoas estão registrando os casos não tem como negar quando há evidência, mas nem sempre ocorre a punição nos EUA”.


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