Representantes de diversas entidades participaram na última semana do Encontro Nacional de Proteção a Comunicadores. A iniciativa reuniu cerca de 50 pessoas de 11 estados e foi o ponto de partida para a formação de uma rede de proteção a comunicadores.
À frente do movimento, a Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji), a Artigo 19, a Intervozes, o Instituto Vladimir Herzog e a Repórteres Sem Fronteiras convidaram representantes de todo o país para se unir à causa. "Os comunicadores estarão na frente da luta democrática pela liberdade de imprensa", ressaltou o diretor executivo do Instituto Vladimir Herzog, Rogério Sottilli, durante o evento.
De acordo com a Abraji, a rede está aberta à entrada de outros interessados em colaborar. Para a formação da rede, uma carta de princípios deverá ser aprovada em março de 2019.
Presente ao encontro, o promotor Emmanuel Pellegrini, membro auxiliar da Estratégia Nacional de Segurança Pública do Ministério Público, falou sobre o levantamento realizado em parceria com a Unesco de procedimentos criminais sobre assassinatos de comunicadores. Ainda em andamento, a pesquisa tenta detectar os motivos pelos quais esse tipo de crime tem alta taxa de impunidade. "Se não soubermos onde está a causa da impunidade, será difícil combatê-la", disse.
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