A 13ª edição do Troféu Mulher IMPRENSA, na última terça-feira (14), teve a jornalista Basilia Rodrigues como vencedora na categoria Repórter de Rádio. Há dez anos na CBN Brasília, o prêmio vem coroar este período da carreira da jornalista que, entre os desafios, o maior deles foi saber transitar no ambiente de Poder da capital brasileira, sem ceder aos assédios e à má conduta dos personagens no meio político.

“Você não sabe o quanto eu caminhei para chegar até aqui”. O trecho da canção ‘A Estrada’, do grupo Cidade Negra, foi escolhido por Basilia para traduzir o sentimento de gratidão durante a cerimônia de premiação no Teatro Sérgio Cardoso. “Fiquei pensando em o que falar, mas essa música não me sai da cabeça”, disse, ao relembrar quantos ‘nãos’ foram recebidos nesta década de trabalho duro no rádio. “Eu espero que esse prêmio seja um ponto de partida, a partir desses dez anos”.

Em entrevista, a repórter da CBN apontou que a destreza para sobreviver no Poder de Brasília foi uma das principais lições e um obstáculo superado. “Eu optei por cobrir Política e Judiciário. Foi uma opção, mas algo quase que inevitável por eu morar em Brasília. Meu principal desafio foi saber transitar nesse ambiente, sem ceder às pressões, assédios e condutas erradas que muitas fontes têm com as jornalistas”, revelou.

No rádio desde os 19 anos de idade, Basilia acredita que neste meio as mulheres carregam ainda mais reponsabilidades na tentativa de passar credibilidade ao ouvinte. “O rádio não é só voz, mas o que a gente leva de informação às pessoas. Acabamos por criar uma relação de intimidade com os ouvintes, como se fôssemos amigos próximos. O que acontece de fato, porque a gente passa boa parte do dia trabalhando para eles [os ouvintes]. Então, acho que a mulher jornalista tem mais responsabilidade quanto às informações que leva, ela é mais exigente justamente por saber que ocupa um espaço difícil de ser ocupado”.

O Troféu Mulher IMPRENSA é o primeiro prêmio de relevância nacional na carreira da brasiliense, que já coleciona outras homenagens pela produção jornalística na área do Judiciário. “São prêmios baseados nas reportagens que produzi. Mas um prêmio pela minha relevância profissional, sem que eu me inscrevesse para participar, esta é a primeira vez. A sensação é de muita felicidade, a gente passa todo dia batalhando para a pauta dar certo. Estamos sempre falando da profissão, mas essa também é a nossa própria história. Isso é pelos dias que eu fiquei até mais tarde no trabalho, pelo tempo colhendo informações e por aqueles que chegaram a duvidar da potencialidade daquela minha informação ou daquela minha fonte. Eu insisti e hoje vejo o retorno”, finaliza Basilia. 

Promovido pela Revista e Portal IMPRENSA, o prêmio tem como missão difundir o trabalho das mulheres na comunicação em todo o Brasil, e é a única premiação jornalística do Brasil dedicada exclusivamente ao público feminino. São 17 categorias que visam homenagear as profissionais de destaque em cada setor da mídia.

Para conferir a cobertura completa do 13º Troféu Mulher IMPRENSA, acesse www.portalimprensa.com.br/trofeumulherimprensa 

*Marília Campos é estudante de jornalismo na Universidade Anhembi Morumbi, em São Paulo. Para a cobertura do prêmio, IMPRENSA estabeleceu uma parceria com universidades e professores por meio do projeto "Embaixador IMPRENSA" - uma iniciativa do Portal IMPRENSA que reúne estudantes de Comunicação para um intercâmbio de informações e experiências.

Leia também: