De acordo com o jornal O Globo, os profissionais atuaram por um dia na direção do Özgür para demonstrar apoio ao veículo pró-curdo mais antigo do país e que já enfrentou uma série de repressões do governo. Ao todo, 44 jornalistas e intelectuais já participaram da ação. Trinta e sete deles são investigados pela Justiça.

Os jornalistas alegaram que a ordem da Justiça turca é uma ofensiva contra o jornal. Nesin ressaltou que em 38 anos de trabalho nunca foi preso, o que mostra a situação da liberdade de imprensa no país.

"Dizer que estamos chocados com o que aconteceu é pouco. Fica óbvio que, quando as autoridades prendem um defensor da liberdade de imprensa tão proeminente como Erol Önderoglu, o que estão fazendo é enviar uma mensagem intimidatória ao resto. Indicar que ninguém está protegido", afirmou ao El País o representante da RSF para a Europa Oriental, Johann Bihr.

Önderoglu informou que 28 jornalistas turcos estão presos atualmente no país. Grande parte dos profissionais integram a equipe de veículos esquerdistas ou pró-curdos. Nos últimos 20 anos, vários repórteres do Özgür Gündem foram detidos por suas publicações que debatem a questão curda na Turquia.