Tribunal da Inglaterra quer revisão da lei antiterrorismo para preservar a imprensa

Redação Portal IMPRENSA | 20/01/2016 10:30
A Corte de Apelação da Inglaterra indicou falhas na lei antiterrorismo utilizada pela polícia para prender e revistar suspeitos. Os juízes concluíram que ela não assegura nenhuma garantia quando o cidadão é um jornalista, o que violaria a liberdade de imprensa

Crédito:Elza Fiúza / Agência Brasil
Prisão de David Miranda (esq.) em aeroporto em Londres gerou revisão da lei

Segundo o ConJur, o tribunal determinou ao Parlamento que discuta como deve adaptar a regra para preservar a mídia. O debate foi gerado pelo brasileiro David Miranda, companheiro do jornalista Glenn Greenwald, responsável pelas primeiras publicações de reportagens sobre a vigilância em massa promovida pela agência de inteligência dos Estados Unidos.

Miranda foi preso no aeroporto de Londres em agosto de 2013 e interrogado pela polícia por quase nove horas. Ele havia ido até Berlim para entregar documentos sigilosos para a jornalista Laura Poitras. Na ocasião, o brasileiro teve documentos confidenciais e HD externo confiscados. 

A Corte de Apelação avaliou que não houve nenhum abuso da polícia. Os juízes acreditam que havia fundamentos suficientes para acreditar que ele estivesse envolvido com alguma atividade terrorista.

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