Britânicos apoiam financiamento da BBC via recursos publicitários, aponta pesquisa

Redação Portal IMPRENSA | 25/08/2015 11:00
Grande parte dos britânicos quer que a emissora pública BBC seja financiada por publicidade e não por uma taxa de licença cobrada dos proprietários de televisores, informou o Financial Times na última segunda-feira (24/8).

Crédito:Wikimedia commons
Britânicos querem mudar modelo de financiamento da BBC

Um levantamento realizado pelo instituto ComRes, encomendado pela Whitehouse Consultancy, aponta que 52% dos britânicos apoiam a ideia de substituir a licença (114,50 libras anuais), por dinheiro vindo com a venda de publicidade, ainda que a medida signifique uma redução na grade ou o fim das obrigações de serviço público. 

Somente 34% são contrários à ideia de manter o financiamento público da emissora. A taxa de licença é preferida se a alternativa tiver um formato de assinatura como o utilizado pela Sky ou Netflix, segundo indica a pesquisa. A tarifa deve ser mantida pelos próximos cinco anos. 

A ComRes questionou aos entrevistados se a taxa deveria permanecer no mesmo nível, e 41% disse que sim. O número de afirmações foi crescente na população com mais de 65 anos (52%) e nos grupos de renda média ou alta (49%).

Nos anos 1980, a então primeira-ministra Margaret Thatcher levantou propostas para uma BBC fosse bancada exclusivamente por publicidade. A ideia teve apoio da agência Saatchi & Saatchi. Thatcher, entretanto, aceitou um relatório independente contra a sugestão. 

A taxa de licença é cobrada de praticamente todos os domicílios onde existam televisores e arrecada 3,7 bilhões de libras ao ano para a BBC. Como parte do plano do governo, ela também poderá ser cobrada do público que acompanha o canal online.

Outro estudo recente, entretanto, apontou resultados diferentes sobre o pensamento do telespectador. Em dezembro do ano passado, o Ipsos Mori indicou que 53% dos entrevistados apoiavam a taxa como principal fonte de recursos para a emissora, enquanto 26% defendia a publicidade e outros 17% o modelo de assinatura.


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