Grande parte dos britânicos quer que a emissora pública
BBC seja financiada por publicidade e não por uma taxa de licença cobrada dos proprietários de televisores, informou o
Financial Times na última segunda-feira (24/8).
Crédito:Wikimedia commons
Britânicos querem mudar modelo de financiamento da BBC
Um
levantamento realizado pelo instituto ComRes, encomendado pela Whitehouse Consultancy, aponta que 52% dos britânicos apoiam a ideia de substituir a licença (114,50 libras anuais), por dinheiro vindo com a venda de publicidade, ainda que a medida signifique uma redução na grade ou o fim das obrigações de serviço público.
Somente 34% são contrários à ideia de manter o financiamento público da emissora. A taxa de licença é preferida se a alternativa tiver um formato de assinatura como o utilizado pela Sky ou Netflix, segundo indica a pesquisa. A tarifa deve ser mantida pelos próximos cinco anos.
A ComRes questionou aos entrevistados se a taxa deveria permanecer no mesmo nível, e 41% disse que sim. O número de afirmações foi crescente na população com mais de 65 anos (52%) e nos grupos de renda média ou alta (49%).
Nos anos 1980, a então primeira-ministra Margaret Thatcher levantou propostas para uma BBC fosse bancada exclusivamente por publicidade. A ideia teve apoio da agência Saatchi & Saatchi. Thatcher, entretanto, aceitou um relatório independente contra a sugestão.
A taxa de licença é cobrada de praticamente todos os domicílios onde existam televisores e arrecada 3,7 bilhões de libras ao ano para a BBC. Como parte do plano do governo, ela também poderá ser cobrada do público que acompanha o canal online.
Outro estudo recente, entretanto, apontou resultados diferentes sobre o pensamento do telespectador. Em dezembro do ano passado, o Ipsos Mori indicou que 53% dos entrevistados apoiavam a taxa como principal fonte de recursos para a emissora, enquanto 26% defendia a publicidade e outros 17% o modelo de assinatura.
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