Em resposta a pedido de checagem, MBL envia à Agência Pública mensagem com ofensas e imagem obscena

Redação Portal IMPRENSA | 28/06/2017 12:12

Em uma resposta a um pedido de checagem de informações feito pela Agência Pública, o MBL enviou uma mensagem com uma série de ofensas ao veículo de comunicação e se recusou a repassar as fontes de informações divulgadas pelo coordenador nacional da ONG, Kim Katiguiri. Em vídeo, o ativista apresenta dados para defender a posição do MBL a respeito da progressão de regime de sentenciados (a checagem feita pela Pública pode ser conferida aqui).

Crédito:Facebook/Reprodução
Pública pediu fontes para checar informações divulgadas por Kim Kataguiri em vídeo

“Sabemos bem o que gente como vocês querem: a CENSURA. Seu ‘movimento internacional’ – curiosamente bancado pelo mesmo financiador da campanha de Hillary Clinton e de ONGs esquerdistas no Brasil – foi criado exclusivamente para combater o livre fluxo de informações que mais e mais liberta as pessoas do establishment político e midiático que lhes sustenta. Portanto, vão brincar de truco na casa do caralho – e de preferência sem dinheiro público, como tanto gosta o ‘Conselheiro Sakamoto’ e sua ONG ’Repórter Brasil’”, diz trecho da resposta enviada pelo MBL e reproduzida por alguns sites, como O Reacionário o Jornal Livre.


Durante a mensagem, a ONG põe em cheque a credibilidade da Pública, “um coletivo de esquerda coalhado de militantes petistas travestidos de jornalistas tentando levar à frente uma ridícula aura de isenção”, e por ter George Soros entre seus financiadores, tido pelo MBL como “globalista”. A resposta é endereçada a “Sakamoto e associados”, embora o jornalista apenas faça parte do Conselho Editorial do veículo, que atua em caráter consultivo. Questionado sobre essa menção, Leonardo Sakamoto disse que não passa de um consultor não-remunerado da Pública e aproveitou para negar que o Repórter Brasil receba dinheiro público.


A mensagem termina com uma imagem do boneco de um pênis que usa um capacete em que está escrito “imprensa”. Na foto consta a seguinte frase: “Cheque isto!”. Procurada pelo Portal IMPRENSA, a Agência Pública se manifestou sobre o caso com a nota que segue abaixo.


"O Truco - projeto de fact-checking da agência Pública - tem o objetivo de checar fatos e dados de interesse público desde 2014. É um projeto apartidário, que checa todas as correntes de pensamento, e tem uma metodologia padronizada e certificada internacionalmente pelo Instituto Poynter. Mais detalhes sobre o projeto na pagina www.agenciapublica.org/truco".


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