Atualizado às 10h25
A Advocacia Geral da União (AGU) informou no último sábado (2/4) que acionará o Ministério da Justiça para abrir um inquérito por crime de ofensa praticado pela revista
IstoÉ contra a honra da presidente
Dilma Rousseff.
Crédito:Reprodução
Revista pode sofrer ação do Ministério da Justiça por ofensa à presidente
Na edição desta semana, a revista publicou um
texto que compara a presidente a Maria I, a Louca, rainha de Portugal no fim do século 18. A publicação virou alvo de diversas críticas, acusada de machismo e misoginia por retratar Dilma como uma mulher histérica e descontrolada.
“Não bastassem as crises moral, política e econômica, Dilma Rousseff perdeu também as condições emocionais para conduzir o governo”, diz um trecho da reportagem. Segundo o texto, a petista teria prometido vingança contra "traidores", ameaçado o juiz Sérgio Moro e quebrado um móvel do seu gabinete ao saber de uma delação com empresários da Odebrecht.
A AGU afirmou que recorrerá à Lei de Direito de Resposta para assegurar, junto ao Poder Judiciário, o mesmo espaço destinado pela revista "à difusão de informações inverídicas e acusações levianas". Disse também que os advogados particulares de Dilma estudam medidas para o ressarcimento dos danos morais.
A ex-ministra e deputada federal Maria do Rosário, citada entre na matéria entre as pessoas que teriam sido atacada pela presidente, repudiou a reportagem no Twitter. "Repúdio mentiras de @RevistaISTOE ! Dilma sempre me apoiou no trabalho como Ministra! E eu também Ñ me submeteria a um trato desrespeitoso.
Exijo de @RevistaISTOE, ñ sua fonte, pq deve ser a imaginação apodrecida pelo ódio de seus editores, mas igual espaço para dizer a verdade! "Repúdio mentiras de @RevistaISTOE ! Dilma sempre me apoiou no trabalho como Ministra! E eu também não me submeteria a um trato desrespeitoso. Exijo de @RevistaISTOE, não sua fonte, porque deve ser a imaginação apodrecida pelo ódio de seus editores, mas igual espaço para dizer a verdade!"
A reportagem repercutiu negativamente e gerou, inclusive, uma campanha nas redes sociais sob a hasthag #IstoÉMachismo.
À IMPRENSA, o diretor de redação da
IstoÉ, Mário Simas, disse que a revista mantém todas as informações que estão na reportagem. "São fatos apurados por nossos repórteres junto a fontes credenciadas", afirmou.
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