Após a publicação de uma falsa entrevista, o jornalista Leonardo Sakamoto obteve
direito de resposta no jornal mineiro
Edição do Brasil. Os advogados do cientista político fizeram o pedido e a publicação divulgou a resposta, ocupando o mesmo espaço na capa e na página 2 da versão impressa da edição de 20 a 27 deste mês.
Crédito:Reprodução
Jornalista recebeu diversas ameaças após falsa entrevista
Em 30 de janeiro, o jornal publicou uma suposta entrevista com Sakamoto na editoria de "Opinião" e atribuiu a ele uma declaração de que aposentados são "inúteis à sociedade". O jornalista, porém, nunca conversou com qualquer profissional do Edição do Brasil.
Depois da repercussão da falsa entrevista, Sakamoto virou alvo de uma série de ataques nas redes sociais, incluindo ameaças de agressão e morte. Mais de 25 mil pessoas compartilharam a publicação diretamente do site do jornal.
Em uma nota de esclarecimento, o Edição do Brasil alegou que também é vítima, pois contatou uma assessora do jornalista, identificada como Luíza Amália, que teria intermediado o contato e respondido a redação por e-mail. O diário disse também que está tomando medidas cabíveis para identificar o responsável por tentar prejudicar a sua imagem e a do cientista político.
Em sua resposta, o jornalista listou uma série de consequências geradas por uma mentira difundida na internet, como "pessoas que não conhecem as ideias do Sakamoto começam a compartilhar o texto, indignadas" e "mensagens espumando de raiva chegam até ele. Muitas de aposentados. As mais leves, desejam dor e sofrimento."
O jornalista também divulgou algumas das mensagens que recebeu. Entre elas, a de Jullio Cavalcante Fortes, de Rio Branco (AC): “Este filho da puta, desgraçado, deve ser caçado e morto a faca. Vou distribuir este escárnio para todo o Brasil. E vamos aguardar no que vai dar. Gostaria muito de enfiar 5 balas 1.40 no meio da testa deste filho da puta para ele nunca mais falar mal dos idosos. Desgraçado (sic)”.
"Esses casos têm cauda longa, duram meses e anos, arrastando-se pela internet e sobrevivendo de incautos e ignorantes. É conteúdo que ficará circulando para ser capturado por grupos que promovem o ódio, saindo da rede e sendo transportados por pessoas sem discernimento que, no limite, fazem justiça com as próprias mãos", acrescentou.
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