Atualizada dia 5/10, às 11h30
O jornalista Caio Blois, repórter da ESPN, foi acusado de racismo no Twitter nesse sábado (03/10) por comentários feitos sobre o Flamengo. Ele usou o seu perfil na rede social para pedir desculpas.
"Venho a público pedir desculpas por tweets antigos. Algumas, de quanto eu tinha 15 anos e pouca noção da dimensão de frases e opiniões", escreveu Blois. Em outro momento, ele disse que publicar uma mensagem de cunho racista não foi sua intenção e que ela não exprime sua opinião.
Crédito:Reprodução
Montagens com posts do jornalista circularam no Twitter
Internautas recuperaram posts dele na rede social feitos vários anos, como 2014, 2012 e 2011, criaram a hashtag #EspnTemRacista e passaram a pressionar a emissora para demitir o funcionário. O assunto ficou entre os mais comentados, ocupando o 7º lugar nos Trending Topics do Twitter.
Torcedores de outros times também demonstraram apoio aos flamenguistas. "Flamenguistas, meu coração Vascaíno tá com vocês nessa. O cara errou e vai sofrer as consequências. Horrível o que ele fez! #EspnTemRacista", disse @kateuba. "Solidariedade São Paulina aos flamenguistas pela atitude repugnante do senhor @caioblois #EspnTemRacista", postou @rodrigollona.
À IMPRENSA, o jornalista reforçou a retratação. "Gostaria de pedir desculpas a quem possa ter se ofendido. Racismo é uma atitude incorreta, nojenta, expúria, que sempre busquei combater. O racismo não faz parte do meu caráter, da minha índole, da minha formação. Não era uma realidade nem aos 16 e muito menos aos 20. Não será aos 21, nem aos 100. Não concordo nem acredito em segregação ou qualquer tipo de preconceito", afirmou.
Em nota, a emissora se posicionou sobre o caso. "A ESPN repudia o racismo e qualquer tipo de preconceito, seja ele de credo, raça ou orientação sexual. A empresa informa que tomará todas as medidas cabíveis".
Leia também
- Só em 2014, ONG recebeu cerca de 104 mil denúncias de crimes de ódio na web
- "Glamour" é criticada ao sugerir que sobrepeso é "falta de vergonha na cara"
- Após racismo, Maria Júlia Coutinho recebe troféu no prêmio “Rio sem preconceito”